Participativa!!!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
O amigão - junho de 2012
Clarice atravessa a rua, entra na sorveteria, escolhe aquele sundae
delicioso para compensar sua tristeza e, sentada num cantinho da mesa,
percebe de novo que se complicou...
Comum nos dias de hoje, a atitude de Clarice pode levá-la a se tornar
mais uma aproveitadora. Há muito percebo isto e me calo. Entretanto, não
sei se ela não percebe ou se não quer admitir, mas o que está fazendo
pode machucar alguém.
Chego em seguida, sento-me em frente a ela, com um sorvete bem básico. Estou de dieta. Frustrada, ela me conta:
"Tentei de novo com o Bernardo. Formado, saiu lá da faculdade no ano
passado, mas já trabalhava. Carro, dinheiro no bolso, tudo que quero,
que eu sonho, para resolver meu "problema". Nunca fui muito dedicada aos
estudos, curso uma faculdade que nem sei aonde vai me levar. Para o
futuro, é investir na beleza que acredito que tenha... Mas o cara,
amiga, nada quer de sério comigo. Se deu bem na vida, mulher fica em
cima feito mosca... E sai comigo e em seguida eu danço. Ligo e ele nem
atende o celular."
Perguntei afinal qual era a novidade. No telefone tinha me dito que
queria conversar. Desabafo, tristeza, frustração... E um sorriso
vitorioso: ainda bem que tenho o "amigão". Eu explico: amigão é um rapaz
muito próximo a ela há anos... Praticamente da familia. Sai com ele,
bebem, dançam, muitas vezes em grupo, mas ela sempre ao lado dele.
Desconfia muito que ele a quer, mas não pretende deixar nada acontecer.
Amigão é o estepe, o plano B, o prêmio de consolação a cada vez que ela
leva um fora de um dos "solteiros cobiçados". Se está com um deles, nem
fica perto do estepe. Quando o emocional quebra, é só ligar. Um pouco
mais jovem, seduzido por ela o tempo todo, ela vai aproveitando a
disponibilidade dele, a companhia masculina, o fato de ser gentil, de
gostar de dançar... E o chama de amigo. Ele às vezes acha que pode ter
algo mais com ela. Fica em torno, se mobiliza, gasta energia à toa. Bom
coração, ele não percebe que é usado.
Bem, Clarice não me pediu conselho. Pegou o celular e ligou, convidando o
amigão para sair. O rapaz tinha compromisso, ia curtir a noite com
outra moça. Ela ficou vermelha de raiva, reclamou da vida... Aqui entre
nós, acho que ele acordou. Resolver dar atenção a alguma outra... Que
possivelmente não o trata como plano B. De uns tempos para cá, me sugere
a intuição, o "amigão" da Clarice está-se tornando a prioridade de
alguém que gosta dele de verdade. Querem saber? Quero vê-lo feliz. E ela
pode agora, quem sabe, servir-se de mais uma taça de sorvete...
Eu juro que não me interessa...
Eu nem me interesso, mesmo, em saber quem são as "peguetes" ou
"ficantes" com quem você se relaciona nas festinhas depois de beber uns
quatro ou cinco copos... Para satisfazer um impulso, já anestesiado pela
"cachaça" em fim de noite, qualquer coisa serve...
O que eu tenho certeza é de que eu sou a mulher que você deseja quando está na pista de dança, sóbrio... Aquela que você devora e tenta controlar com o olhar entre ansioso e inseguro, aliado por vezes ao sorriso encantador.
Então, dedico àquelas de quem você mal se lembra o nome, ou o gosto do beijo no dia seguinte, o meu melhor sorriso... Revestido da minha maneira de olhá-las...
Vitoriosa!
O que eu tenho certeza é de que eu sou a mulher que você deseja quando está na pista de dança, sóbrio... Aquela que você devora e tenta controlar com o olhar entre ansioso e inseguro, aliado por vezes ao sorriso encantador.
Então, dedico àquelas de quem você mal se lembra o nome, ou o gosto do beijo no dia seguinte, o meu melhor sorriso... Revestido da minha maneira de olhá-las...
Vitoriosa!
sábado, 9 de novembro de 2013
EM MEIO À ENCENAÇÃO, HAVIA ESPERANÇA, E DEPOIS HOUVE DOR...
Como
alguém que busca a raiz do sofrimento para combatê-lo,
com a coragem que só mesmo nos é dada pelas coisas que
vêm do coração, eu voltei ao cenário.
Lembrei
da noite que lá atravessamos, revi cada canto, mesa, objeto...
Um dia, já carregados de histórias e memórias,
para lá foram levados. Hoje, juntos, compõem outras
cenas. Invocam minhas memórias de felicidade. Mas... Ao
contrário das peças antigas ali reunidas, concretas
testemunhas de sua época, você era ilusão.
Em
cada cena, você representava. Iluminava meu momento, me fazia
flutuar, conduzia os mais hábeis passos de samba pela pista,
mas era tudo script.
Subindo
e descendo as mesmas escadas, mirando os objetos reunidos, eu fui e
busca de aonde anda meu sentimento, entregue àquele
homem/personagem. Dê a ele o nome que quiser. José,
Francisco, Mateus, Antonio, Roberto. Eu o conhecia pelo seu nome.
Hoje tenho a certeza de que era a criação de um
artista. Envolvente, carinhoso, alegre... Ele era o que eu amava, o
que eu desejava. O meu desejo que, refletido, era representado por
você.
Para
o grande ator que se revelava, para o seu melhor personagem, dediquei
aquela noite que tivemos, de alegria, cumplicidade, carinho e muita
dança! Descontração, sorrisos felizes e o
incrível banho de História da Cultura que saciava meus
olhos: Rio Scenarium, a locação perfeita para um sonho
que atravessa o tempo, não conhece idade e vai além,
até mesmo, da sua representação teatral.
Ela apareceu em um baile...
Não era de se
estranhar, pois a beleza da canção conquista. O ritmo,
seguido por passos de bolero. Mas ali, no meio de um baile, a jovem
impactou com sua chegada. Entrou de repente nos meus ouvidos, mexeu,
incomodou. Sofrida, estuprada para a tomada de sua cidade ,
violentada tendo como desculpas sua etnia e a guerra, a jovem de
Sarajevo não aguardava nem queria um par: contrariava a regra
e bailava sozinha no meio da pista. Suas roupas, rasgadas, sujas de
sangue, manchadas pela violência de uma guerra civil, seu corpo
marcado pela perda completa de limites na ambição
masculina. Ela girava. Maltratada e sem rumo, seguia rodopiando,
contagiando cada vez mais a minha emoção com sua figura
exausta, cuja alma desesperada nem permitia que o corpo manifestasse mais emoção.
Sua beleza ainda se esconde para fugir da violência. Naquele
momento, o tempo parou para relembrar sua dor. Por você, jovem
mulher na guerra da Bósnia, todo meu respeito apareceu mais
forte. Dançamos juntas, Miss Sarajevo.
O texto acima foi escrito para expressar a emoção sentido diante do paradoxo, quando escutei tocar a canção Miss Sarajevo em um baile de dança de salão.
Infelizmente, segundo a
Anistia Internacional, os crimes de estupro cometidos na guerra da
Bósnia -que terminou em 1995 - nunca foram punidos, nem o
Estado forneceu nenhum tipo de amparo financeiro ou prioridade em
apoio à saúde daquelas mulheres.
DIGA A ELE...
Tatiana se olha no espelho... A pergunta fica no ar. Na véspera, o vislumbrara. Na memória. De longe. De relance. Uma sombra, ou um flash de luz? Tão rápido, que só ficou a imagem desbotada.
Dois anos. A dor, o amor, os passos cuidadosamente aprendidos, estudados... O rito de passagem. Forte, subira as escarpas, e agora o vislumbra. Ligeiramente, de longe. Mas olha para cima, olha para a frente. Há muito mais a subir. Há outros planos. Outras aventuras, outras canções.E Tatiana se fez feliz. Do escuro no qual foi deixada por ele,(re)acendeu a luz.
Tanto tempo e o elo a conectou ao passado. É o amigo dele, de repente, que aparece no salão. Sua imagem volta, mas... Aquele “ele” se perdeu.Basta olhar o que resta... Virtualmente, pode vê-lo sempre. Mas lamenta suas escolhas. Moço, você poderia estar bem melhor. Sozinho ou com ela, Tatiana sabe... Ele poderia ter optado.Mas fez o que (não) devia. Agora, ah, agora é viver...
Ela ri, se desloca pelo salão, sedutora com o par. De repente, de longe, a conexão se faz, o rapaz amigo dele (!) a reconhece. Compreende. Sim, é ela! Ou melhor, é uma outra Tati, agora inteira. Alegre, leve, de formas renovadas, livre das dores? Renovada, diz o olhar de espanto do rapaz? Como está melhor? O tempo não piora as coisas, então? Sambando, sorrindo, sentindo o olhar que a acompanha em cada passo, responde mentalmente: Não, o Tempo só desgasta quem não sabe viver. Não. Definitivamente não! Na pista, na rua, na vida, Tati cresceu. Ocupou seu espaço,delimitou ações e reações. Se olhou, se curtiu. Está mimada, acarinhada, amada. Por ela mesma. Por quem a cerca de amor.
Mas agora permita, meu amado leitor... Agora está na hora de eu pedir licença e entrar em cena. Preciso pedir um favor ao rapaz que a viu na festa. Só um favorzinho. Nada demais. Peço desculpas pela intromissão. Entretanto, já que o Destino o colocou na festa, então,“amigo dele”, nos faça uma gentileza: leve um recado. Não vai ser difícil...
É só um momentinho. Conte tudo a ele. Descreva com detalhes, coloque as devidas cores. Capriche, você consegue.!Mas não se esqueça, por favor: fale a ele da Tatiana. Mas ao falar, todo cuidado... Muita atenção...
Não diga que é uma “nova Tati”. Ela é a mesma. Não,sem essa de repaginada. Mas... A mulher que ama a vida. A mulher de tantos cuidados. Que tem pernas firmes porque caminha e quer caminhar bem. Que tem charme porque deixa aflorar o que é feminino sem o menor receio. Que mudou as roupas, os livros, as coisas do lar, que abriu espaço para o conforto.Que tratou das feridas. Arrumou as gavetas, encaixou e viveu, e ainda vive, intensamente, as emoções... Descartou o dispensável. Então, ah, “amigo dele”,não perca tempo, por favor... Corra, ligue logo, vá bem rápido dar notícias dela. Eu agradeço desde já...
Mas não se esqueça, tá? Conte dos detalhes... Diga que está solta.Que está linda. Que há um sorriso novo. Que há paixão, há esperança em seu olhar. Sim... Fale do samba, forró, do soltinho. Fale do bolero. E você não viu o tango. E talvez um dia ele saiba. Ele precisa mesmo saber... Que o tango, ah... O tango foi o maior presente que ele deu a ela. Mas na emoção de exercitar a musicalidade, um dia tentou achá-lo na memória... E viu que, do tempo vivido, sofrido ao lado dele... E depois,igualmente difícil, tão doloroso e chorado, longe dele...Descobriu-se um dia sem saudades. Que a vida o colocou no passado.Que quem ficou foi só quem merecia. Ela mesma. Quem a ama. E quem está chegando, para compartilhar a vida, a pista, e ser feliz com aTati...
Dois anos. A dor, o amor, os passos cuidadosamente aprendidos, estudados... O rito de passagem. Forte, subira as escarpas, e agora o vislumbra. Ligeiramente, de longe. Mas olha para cima, olha para a frente. Há muito mais a subir. Há outros planos. Outras aventuras, outras canções.E Tatiana se fez feliz. Do escuro no qual foi deixada por ele,(re)acendeu a luz.
Tanto tempo e o elo a conectou ao passado. É o amigo dele, de repente, que aparece no salão. Sua imagem volta, mas... Aquele “ele” se perdeu.Basta olhar o que resta... Virtualmente, pode vê-lo sempre. Mas lamenta suas escolhas. Moço, você poderia estar bem melhor. Sozinho ou com ela, Tatiana sabe... Ele poderia ter optado.Mas fez o que (não) devia. Agora, ah, agora é viver...
Ela ri, se desloca pelo salão, sedutora com o par. De repente, de longe, a conexão se faz, o rapaz amigo dele (!) a reconhece. Compreende. Sim, é ela! Ou melhor, é uma outra Tati, agora inteira. Alegre, leve, de formas renovadas, livre das dores? Renovada, diz o olhar de espanto do rapaz? Como está melhor? O tempo não piora as coisas, então? Sambando, sorrindo, sentindo o olhar que a acompanha em cada passo, responde mentalmente: Não, o Tempo só desgasta quem não sabe viver. Não. Definitivamente não! Na pista, na rua, na vida, Tati cresceu. Ocupou seu espaço,delimitou ações e reações. Se olhou, se curtiu. Está mimada, acarinhada, amada. Por ela mesma. Por quem a cerca de amor.
Mas agora permita, meu amado leitor... Agora está na hora de eu pedir licença e entrar em cena. Preciso pedir um favor ao rapaz que a viu na festa. Só um favorzinho. Nada demais. Peço desculpas pela intromissão. Entretanto, já que o Destino o colocou na festa, então,“amigo dele”, nos faça uma gentileza: leve um recado. Não vai ser difícil...
É só um momentinho. Conte tudo a ele. Descreva com detalhes, coloque as devidas cores. Capriche, você consegue.!Mas não se esqueça, por favor: fale a ele da Tatiana. Mas ao falar, todo cuidado... Muita atenção...
Não diga que é uma “nova Tati”. Ela é a mesma. Não,sem essa de repaginada. Mas... A mulher que ama a vida. A mulher de tantos cuidados. Que tem pernas firmes porque caminha e quer caminhar bem. Que tem charme porque deixa aflorar o que é feminino sem o menor receio. Que mudou as roupas, os livros, as coisas do lar, que abriu espaço para o conforto.Que tratou das feridas. Arrumou as gavetas, encaixou e viveu, e ainda vive, intensamente, as emoções... Descartou o dispensável. Então, ah, “amigo dele”,não perca tempo, por favor... Corra, ligue logo, vá bem rápido dar notícias dela. Eu agradeço desde já...
Mas não se esqueça, tá? Conte dos detalhes... Diga que está solta.Que está linda. Que há um sorriso novo. Que há paixão, há esperança em seu olhar. Sim... Fale do samba, forró, do soltinho. Fale do bolero. E você não viu o tango. E talvez um dia ele saiba. Ele precisa mesmo saber... Que o tango, ah... O tango foi o maior presente que ele deu a ela. Mas na emoção de exercitar a musicalidade, um dia tentou achá-lo na memória... E viu que, do tempo vivido, sofrido ao lado dele... E depois,igualmente difícil, tão doloroso e chorado, longe dele...Descobriu-se um dia sem saudades. Que a vida o colocou no passado.Que quem ficou foi só quem merecia. Ela mesma. Quem a ama. E quem está chegando, para compartilhar a vida, a pista, e ser feliz com aTati...
sábado, 7 de setembro de 2013
Damas...
Damas...
Bem, quem me conhece bem sabe que eu me dedico muuuuito à dança (tentei até voltar para o ballet, mas no momento não pude) e certamente vai me entender e não vai achar que o que vou publicar é ilusão ou arrogância. Sou minha maior crítica. Ao ver minhas fotos ou filmagens dançando, vou logo atrás dos erros de técnica, problemas posturais, etc. E há homens começando a dançar que são pessoas simpáticas, grandes amigos, com quem nós daminhas trocamos momentos bem interessantes e boas risadas ao errarmos/acertarmos juntos... E é claro que não é de nenhum deles que estou falando.
Mas... Meninas, damas intermediário-avançadas, existe um novo tipo de "cavalheiro" (assim mesmo entre aspas) no mercado:
O cara entra em um baile. Ele vê que vc já está dançando direitinho... Seus enfeites de dama, sua alegria, sua leveza, facilidade de ser conduzida chamam certa atenção na pista. Você estuda muito, pratica, se dedica, e os resultados, ainda que limitados pelo amadorismo da dama e pela idade... Aparecem. Então, ele começa a se engraçar com vc. Objetivo: convidá-la para ir com ele a bailes em locais aonde ele não encontra damas "avançadas" na dança que queiram dançar com ele. Bem, é muito justo que haja esse tipo de vontade: dançar com quem desenvolve mais que nós. Eu sempre danço com rapazes que sabem infinitamente mais que eu na dança... Mas o processo se dá por algo chamado contrato profissional. Ou nas escolas, onde todos praticam juntos.
Mas então, voltando ao "cavalheiro"... Ele se aproxima da dama, dá a entender que quer sair com ela... Paquera, assedia, telefona, adiciona no FB, manda recadinho, oferece música, adula... Mas o que ele quer é sua dança. Levar vc a bailes onde ele não encontra boas parceiras. Mesmo você não sendo profissional, se já faz aula há um tempão... É leve para conduzir, é charmosa. Então já é mais do que suficiente para ele. E leva vc para os bailes, e vc ali, esperando afinal de contas o que é que o cara quer... E em pouco tempo, você verá que ele quer uma dama para se aperfeiçoar. E só.
Por isso... AMIGAS, OLHO VIVO! Se houver muita diferença entre o desempenho na pista entre vc e o rapaz... Aceite inicialmente convite para um chopinho, uma pizza, cinema... Deixe o baile só para locais em que vc seja bem conhecida, aonde vc não fique exclusivamente para dançar com ele. Procure conhecer bem o caráter do cidadão...
Para quem quer se aperfeiçoar enquanto frequenta clubes e salões tradicionais, existe contrato de dama. Se ele desejar e puder, há moças que são professoras de dança que fazem o trabalho, da mesma forma que rapazes são contratados. Mas não deixe que nenhum desses caras tente iludir você como mulher para poder obter uma parceira charmosa e mais experiente na pista de dança sem pagar. Mamãe (aliás, qualquer mulher esclarecida) atribui a eles um adjetivo pouco lisonjeiro: APROVEITADOR.
Mas... Meninas, damas intermediário-avançadas, existe um novo tipo de "cavalheiro" (assim mesmo entre aspas) no mercado:
O cara entra em um baile. Ele vê que vc já está dançando direitinho... Seus enfeites de dama, sua alegria, sua leveza, facilidade de ser conduzida chamam certa atenção na pista. Você estuda muito, pratica, se dedica, e os resultados, ainda que limitados pelo amadorismo da dama e pela idade... Aparecem. Então, ele começa a se engraçar com vc. Objetivo: convidá-la para ir com ele a bailes em locais aonde ele não encontra damas "avançadas" na dança que queiram dançar com ele. Bem, é muito justo que haja esse tipo de vontade: dançar com quem desenvolve mais que nós. Eu sempre danço com rapazes que sabem infinitamente mais que eu na dança... Mas o processo se dá por algo chamado contrato profissional. Ou nas escolas, onde todos praticam juntos.
Mas então, voltando ao "cavalheiro"... Ele se aproxima da dama, dá a entender que quer sair com ela... Paquera, assedia, telefona, adiciona no FB, manda recadinho, oferece música, adula... Mas o que ele quer é sua dança. Levar vc a bailes onde ele não encontra boas parceiras. Mesmo você não sendo profissional, se já faz aula há um tempão... É leve para conduzir, é charmosa. Então já é mais do que suficiente para ele. E leva vc para os bailes, e vc ali, esperando afinal de contas o que é que o cara quer... E em pouco tempo, você verá que ele quer uma dama para se aperfeiçoar. E só.
Por isso... AMIGAS, OLHO VIVO! Se houver muita diferença entre o desempenho na pista entre vc e o rapaz... Aceite inicialmente convite para um chopinho, uma pizza, cinema... Deixe o baile só para locais em que vc seja bem conhecida, aonde vc não fique exclusivamente para dançar com ele. Procure conhecer bem o caráter do cidadão...
Para quem quer se aperfeiçoar enquanto frequenta clubes e salões tradicionais, existe contrato de dama. Se ele desejar e puder, há moças que são professoras de dança que fazem o trabalho, da mesma forma que rapazes são contratados. Mas não deixe que nenhum desses caras tente iludir você como mulher para poder obter uma parceira charmosa e mais experiente na pista de dança sem pagar. Mamãe (aliás, qualquer mulher esclarecida) atribui a eles um adjetivo pouco lisonjeiro: APROVEITADOR.
Amigos são mesmo tudo de bom!
Com Claudinha Lobato, produtora do grupo Batuque na Cozinha, no Rio Scenarium. Na produção visual da daminha, a linda blusa que foi presente de Luciana Barouch Aires.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Está difícil!
Sr Facebook, quer mesmo saber em que ando pensando? Pois bem, segure se puder: Venho sentindo e refletindo sobre como é difícil ser uma pessoa de meia idade no mundo de hoje. Bem, enfim, ouça só: somos cidadãos de meia idade, nós a partir de uns 35 anos... Até que o Estatuto do Idoso nos defenda. Ou será que a chamada meia idade já seria uma alusão a estar só com metade da possibilidade de ser feliz? Que a outra metade já nos teria sido negada, e pronto?
Não tente refutar, caro amigo. Por favor, reconheça: nós carregamos a sociedade nas costas. Somos os gerentes, coordenadores, diretores, supervisores, mestres, doutores, chefes de família, tutores dos idosos, responsáveis pelos menores. Poucos direitos temos: O ECA há muito já se foi, e nem chegamos a viver sob sua proteção um dia. O Vale Idoso ainda não chegou, nem vem tão cedo. Energia, temos de sobra. A maioria de nós não foi abandonada pelos hormônios. Queiram vocês ou não, vou falar a verdade: nós fazemos sexo!(?) Amamos a vida, ou estamos lutando para conseguir amá-la, ainda. Para os muito jovens, somos os velhos que não se mancam. Uma vez um rapaz me perguntou se eu gostava da Lapa. Eu ri. Eu fui ao Circo voador quando na Lapa só havia cortiços e meretrício, vi o Barão Vermelho abrindo show de bandas famosas. E a Lapa agora não nos pertence? Sim meu caro, a Lapa se revitalizou graças ao esforço da gente que militava na área da Cultura, daquele pessoal que luta na política há 30 anos, aquela galera que foi à passeata das Diretas Já em 1984... Esse pessoal, ainda alegre, vibrante, embora às vezes decepcionado e maltratado pelos tempos, ainda carrega no peito uma coisa que a vida nos ensinou: a ter esperança.
O mundo, que vocês relutam em assumir, está nas nossas mãos, braços, ou melhor ainda, pesando feio na coluna vertebral de muitos de nós. Alguns, lamentavelmente, não chegarão a ver a aposentadoria chegar: carregando empresas, instituições, famílias, perdas, separações e as mais diversas dores, sucumbem pelo meio do caminho. Afinal, até os AVCS e enfartos são fatais, principalmente... Na meia idade.
Peço desculpas, Sr Facebook, se hoje não tenho boas notícias para lhe dar: Sim, estou triste e (embora seja considerada de muita leveza na pista) sem saber como lidar com o peso que carregamos aos 50 anos. Mas como diz a letra da canção de Chico Buarque (que por ser gênio não tem, definitivamente, classificação etária): "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente, ou foi o mundo, então, que cresceu?"
Não tente refutar, caro amigo. Por favor, reconheça: nós carregamos a sociedade nas costas. Somos os gerentes, coordenadores, diretores, supervisores, mestres, doutores, chefes de família, tutores dos idosos, responsáveis pelos menores. Poucos direitos temos: O ECA há muito já se foi, e nem chegamos a viver sob sua proteção um dia. O Vale Idoso ainda não chegou, nem vem tão cedo. Energia, temos de sobra. A maioria de nós não foi abandonada pelos hormônios. Queiram vocês ou não, vou falar a verdade: nós fazemos sexo!(?) Amamos a vida, ou estamos lutando para conseguir amá-la, ainda. Para os muito jovens, somos os velhos que não se mancam. Uma vez um rapaz me perguntou se eu gostava da Lapa. Eu ri. Eu fui ao Circo voador quando na Lapa só havia cortiços e meretrício, vi o Barão Vermelho abrindo show de bandas famosas. E a Lapa agora não nos pertence? Sim meu caro, a Lapa se revitalizou graças ao esforço da gente que militava na área da Cultura, daquele pessoal que luta na política há 30 anos, aquela galera que foi à passeata das Diretas Já em 1984... Esse pessoal, ainda alegre, vibrante, embora às vezes decepcionado e maltratado pelos tempos, ainda carrega no peito uma coisa que a vida nos ensinou: a ter esperança.
O mundo, que vocês relutam em assumir, está nas nossas mãos, braços, ou melhor ainda, pesando feio na coluna vertebral de muitos de nós. Alguns, lamentavelmente, não chegarão a ver a aposentadoria chegar: carregando empresas, instituições, famílias, perdas, separações e as mais diversas dores, sucumbem pelo meio do caminho. Afinal, até os AVCS e enfartos são fatais, principalmente... Na meia idade.
Peço desculpas, Sr Facebook, se hoje não tenho boas notícias para lhe dar: Sim, estou triste e (embora seja considerada de muita leveza na pista) sem saber como lidar com o peso que carregamos aos 50 anos. Mas como diz a letra da canção de Chico Buarque (que por ser gênio não tem, definitivamente, classificação etária): "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente, ou foi o mundo, então, que cresceu?"
Felicidade
"Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio."
- Martha Medeiros
- Martha Medeiros
sábado, 31 de agosto de 2013
E não vamos chorar por ele, não...
E então a gente emerge de uma viagem no tempo, aonde se encontra com as idéias, aquilo que começava e findava nos 80. Na telona, a angústia de Renato, que era a nossa. Na sociedade, a vontade de protestar, criticar, enxergar possibilidades novas para um país.
Na vida cotidiana, a dança, a faculdade, uma visão de futuro cheia de esperança. Tempo corre.
A música mostrava, arte que é, reflexo do tempo vivido/sentido por nós, o que era ser jovem, ligado, antenado com aquele momento. E hoje, eu na viagem, na retrospectiva provocada pelas canções, lembrava do amor (primeiro), da pele dele, de tudo acontecendo de novo, e, paradoxalmente, só vinha à cabeça uma canção infantil: "Eu com ele, eu sem ele. "
E assim, Tempo circula.
Chegam os 90, cabeça fervendo, o aluno de cabelo grande e jaqueta de couro cantava, sentado na primeira fila da sala de aula: "Você é mais do que sei..." Tonta, a professora de 35 anos sorria. Em pouco tempo seria considerado uma das melhores vozes de cover de Renato Russo do Rio de Janeiro.
Tempo escorre.
Energia, calor, novas idéias e chega a hora de um casamento sufocante incomodar demais: No Teatro Municipal, a Sinfônica do Corpo de Bombeiros toca, o Coral acompanha e a platéia se levanta, quebrando toda a formalidade do local: "Tire suas mãos de mim, que eu não pertenço a você." Tire, afaste-se... Acabou.
Tempo inflama.
Na platéia do cinema, a mulher se segura para não dançar ao som da trilha sonora. E ri, chora... A emoção vem à flor da pele. Ela vislumbra e comemora a vida que tem, e entende que se sente tão jovem porque viveu um tempo que ainda corre em suas veias. Corre em seu sangue.
Sangue. Calor, emoção, vida? Corre, circula, escorre, inflama, ferve.
Afinal, somos tão jovens...
Diga a ele...
Tatiana se olha no espelho... A pergunta fica no ar. Na véspera, o vislumbrara. Na memória. De longe. De relance. Uma sombra, ou um flash de luz? Tão rápido, que só ficou a imagem desbotada.
Dois anos. A dor, o amor, os passos cuidadosamente aprendidos, estudados... O rito de passagem. Forte, subira as escarpas, e agora o vislumbra ligeiramente, de longe. Mas olha para cima, olha para a frente. Há muito mais a subir. Há outros planos. Outras aventuras, outras canções.E Tatiana se fez feliz. Do escuro no qual foi deixada por ele,(re)acendeu a luz.
Tanto tempo e o elo a conectou ao passado. É o amigo dele, de repente, que aparece no salão. Sua imagem volta, mas... Aquele “ele” se perdeu.Basta olhar o que resta... Virtualmente, pode vê-lo sempre. Mas lamenta suas escolhas. Moço, você poderia estar bem melhor. Sozinho ou com ela, Tatiana sabe... Ele poderia ter optado.Mas fez o que (não) devia. Agora, ah, agora é viver...
Ela ri, se desloca pelo salão, sedutora com o par. De repente, de longe, a conexão se faz, o rapaz amigo dele (!) a reconhece. Compreende. Sim, é ela! Ou melhor, é uma outra Tati, agora inteira. Alegre, leve, de formas renovadas, livre das dores? Renovada, diz o olhar de espanto do rapaz? Como está melhor? O tempo não piora as coisas, então? Sambando, sorrindo, sentindo o olhar que a acompanha em cada passo, responde mentalmente: Não, o Tempo só desgasta quem não sabe viver. Não. Definitivamente não! Na pista, na rua, na vida, Tati cresceu. Ocupou seu espaço,delimitou ações e reações. Se olhou, se curtiu. Está mimada, acarinhada, amada. Por ela mesma. Por quem a cerca de amor.
Mas agora permita, meu amado leitor... Agora está na hora de eu pedir licença e entrar em cena. Preciso pedir um favor ao rapaz que a viu na festa. Só um favorzinho. Nada demais. Peço desculpas pela intromissão. Entretanto, já que o Destino o colocou na festa, então,“amigo dele”, nos faça uma gentileza: leve um recado. Não vai ser difícil...
É só um momentinho. Conte tudo a ele. Descreva com detalhes, coloque as devidas cores.
A mulher de tantos cuidados. Que tem pernas firmes porque caminha e quer caminhar bem. Que tem charme porque deixa aflorar o que é feminino sem o menor receio. Que mudou as roupas, os livros, as coisas do lar, que abriu espaço para o conforto.Que tratou das feridas. Arrumou as gavetas, encaixou e viveu, e ainda vive, intensamente, as emoções... Descartou o dispensável. Então, ah, “amigo dele”,não perca tempo, por favor... Corra, ligue logo, vá bem rápido dar notícias dela. Eu agradeço desde já...
Dois anos. A dor, o amor, os passos cuidadosamente aprendidos, estudados... O rito de passagem. Forte, subira as escarpas, e agora o vislumbra ligeiramente, de longe. Mas olha para cima, olha para a frente. Há muito mais a subir. Há outros planos. Outras aventuras, outras canções.E Tatiana se fez feliz. Do escuro no qual foi deixada por ele,(re)acendeu a luz.
Tanto tempo e o elo a conectou ao passado. É o amigo dele, de repente, que aparece no salão. Sua imagem volta, mas... Aquele “ele” se perdeu.Basta olhar o que resta... Virtualmente, pode vê-lo sempre. Mas lamenta suas escolhas. Moço, você poderia estar bem melhor. Sozinho ou com ela, Tatiana sabe... Ele poderia ter optado.Mas fez o que (não) devia. Agora, ah, agora é viver...
Ela ri, se desloca pelo salão, sedutora com o par. De repente, de longe, a conexão se faz, o rapaz amigo dele (!) a reconhece. Compreende. Sim, é ela! Ou melhor, é uma outra Tati, agora inteira. Alegre, leve, de formas renovadas, livre das dores? Renovada, diz o olhar de espanto do rapaz? Como está melhor? O tempo não piora as coisas, então? Sambando, sorrindo, sentindo o olhar que a acompanha em cada passo, responde mentalmente: Não, o Tempo só desgasta quem não sabe viver. Não. Definitivamente não! Na pista, na rua, na vida, Tati cresceu. Ocupou seu espaço,delimitou ações e reações. Se olhou, se curtiu. Está mimada, acarinhada, amada. Por ela mesma. Por quem a cerca de amor.
Mas agora permita, meu amado leitor... Agora está na hora de eu pedir licença e entrar em cena. Preciso pedir um favor ao rapaz que a viu na festa. Só um favorzinho. Nada demais. Peço desculpas pela intromissão. Entretanto, já que o Destino o colocou na festa, então,“amigo dele”, nos faça uma gentileza: leve um recado. Não vai ser difícil...
É só um momentinho. Conte tudo a ele. Descreva com detalhes, coloque as devidas cores.
Capriche, você consegue.!Mas não se esqueça, por favor: fale a ele da Tatiana. Mas ao falar, todo cuidado... Muita atenção...
Não diga que é uma “nova Tati”. Ela é a mesma. Não,sem essa de repaginada. Mas... A mulher que ama a vida.
Mas não se esqueça, tá? Conte dos detalhes... Diga que está solta.Que está linda. Que há um sorriso novo. Que há paixão, há esperança em seu olhar. Sim... Fale do samba, forró, do soltinho. Fale do bolero. E você não viu o tango. E talvez um dia ele saiba. Ele precisa mesmo saber... Que o tango, ah... O tango foi o maior presente que ele deu a ela. Mas na emoção de exercitar a musicalidade, um dia tentou achá-lo na memória... E viu que, do tempo vivido, sofrido ao lado dele... E depois,igualmente difícil, tão doloroso e chorado, longe dele...Descobriu-se um dia sem saudades. Que a vida o colocou no passado.Que quem ficou foi só quem merecia. Ela mesma. Quem a ama. E quem está chegando, para compartilhar a vida, a pista, e ser feliz com a Tati...
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
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